Alexandre Rorato

Muito se fala em qual é a melhor decisão a tomar: financiamento imobiliário ou pagar aluguel. Vamos tratar aqui, exclusivamente na ótica racional econômica, não levando-se em conta o perfil ou preferência pessoal desta escolha. Vamos usar dados reais atuais de 2021.

Estamos num cenário econômico favorável para investimento no setor imobiliário. Atualmente a taxa Selic está em, 2,75% a.a., prova disso é que o primeiro trimestre de 2021 foi o melhor da história no que diz respeito ao financiamento habitacional, de acordo com dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). O volume ofertado chegou a R$ 43,1 bilhões em todo o país (alta de 112,8% na comparação com o mesmo período do ano passado). De janeiro a março foram 187,6 mil unidades financiadas (resultado 137,3% superior ao do primeiro trimestre de 2020), propiciando uma excelente oportunidade para a compra da tão sonhada casa própria.

Aqui vamos simular duas opções de moradia: a compra e a locação de um apartamento padrão médio de 2 dormitórios com suíte e box de garagem, localizado em área central no valor de R$ 430.000,00.

1° Opção Locação:

Apartamento com 2 dormitórios, suíte e 1 box de garagem, com 65 m² de área privativa, em área central.

Valor do aluguel R$ 2.200,00, mais a correção anual, hoje indexado em IGPM.

2° Opção Compra do imóvel com financiamento Habitacional.

Apartamento com 2 dormitórios, suíte e 1 box de garagem, com 65 m² de área privativa, em área central.

Valor do apartamento R$ 440.000,00

Financiamento via Caixa Econômica Federal, taxa de juros efetivos de 5,91% a.a.

420 meses de prazo.

1° parcela R$ 1.693,29

Última Parcela R$ 557,28       

Levando-se em conta que os financiamentos habitacionais não financiam 100%, pois o percentual de financiamento gira em torno de 80 a 90% do valor. A diferença é a entrada, que muitas vezes pode ser financiada diretamente com o proprietário, ou em caso de imóvel novo, os chamados na planta você tem um horizonte de tempo maior para liquidar essa diferença.

Portanto, como se diz que contra dados não há argumentos, mostramos a diferença em você decidir em comprar ou alugar seu imóvel. Temos que ponderar também, que, no aluguel, essa é a condição de pagamento perpétuo, pois, enquanto você existir não vai se livrar deste encargo e ainda

reajustado através dos tempos.

Já o financiamento habitacional, embora seja de longo prazo, a Caixa Econômica Federal, que detém cerca de 75% de participação no crédito imobiliário do país, diz que cerca de 12% dos clientes quitam antecipadamente a dívida no terceiro ano da contratação do financiamento. Esse percentual chega a 25% no quinto ano, segundo estimativa do banco. Ou seja, você liquida seu financiamento num prazo menor, além de, neste período, ter uma valorização deste imóvel no horizonte de tempo.

Concluindo, esse é o momento da compra da sua casa própria, além da facilidade de crédito com recursos disponíveis, taxa de juros mais baixa da história e a oferta de novos empreendimentos. Todos esses fatores fazem com que a decisão seja uma só: a compra da sua casa própria.